A carbonatação é responsável por conferir aspectos que tornam as cervejas únicas, além de influenciar em sua conservação. O processo acontece naturalmente, mas o cervejeiro pode interferir, escolhendo os tipos de carbonatação que vai adotar em sua produção.
Para escolher qual é a melhor opção para a produção da sua cerveja, o cervejeiro deve conhecer os tipos de carbonatação e entender como funcionam. Neste artigo, você vai descobrir. Confira!
Tipos de carbonatação para cerveja
A carbonatação é o processo de adição de monóxido de carbono na cerveja, que já acontece naturalmente por meio dos açúcares. No entanto, é possível fazer a adição de CO2 de forma controlada, para obter determinados resultados. A seguir, você vai conhecer alguns processos que resultam em tipos de carbonatação diferentes e quais são os resultados obtidos ao utilizar cada um. Veja a seguir!
Priming
O Priming é o tipo de carbonatação mais simples, podendo ser feito em um balde sanitizado ou diretamente na garrafa. Nesse processo, o cervejeiro adiciona os açúcares fermentáveis no recipiente. Esses açúcares podem ser o extrato de malte, açúcar mascavo, mel, xarope de mel e outros.
Junto com as leveduras, o açúcar fermentável vai fazer a refermentação da cerveja para gerar uma quantidade maior de CO2. O açúcar pode ser adicionado diretamente no líquido ou por meio de um processo chamado açúcar invertido. No açúcar invertido, o açúcar é dissolvido na água e fervido, depois é colocado no líquido. A sacarose será quebrada em frutose e glicose, facilitando o trabalho das leveduras.
Há casos em que as leveduras remanescentes não serão suficientes para que o cervejeiro alcance a carbonatação esperada. Para atingir o priming perfeito, será necessário adicionar novas leveduras no processo.
Carbonatação forçada
Diferentemente do priming, na carbonatação forçada o processo de adição do CO2 é artificial, por meio de um injetor de pressão. Nesse processo, alguns equipamentos serão necessários:
- barril para armazenar a cerveja, que suporte a pressão;
- cilindro de gás carbônico, para adicionar o CO2;
- manômetro para aferir a pressão exata, que ajude a manter a gradação precisa do gás adicionado (isso vai evitar falhas e acidentes durante o procedimento).
Com os equipamentos em mãos, o cervejeiro terá que adicionar a quantidade de CO2 desejada diretamente na cerveja. O processo é mais complexo, por isso não é indicado para quem está começando a produzir cerveja artesanal.
Esse processo tem duas vantagens. A primeira é que como não há refermentação na garrafa não sobrarão resíduos no fundo do recipiente. A segunda é que a cerveja costuma ficar pronta na mesma hora. Por outro lado, é mais trabalhoso e é preciso ter mais cuidado, para não oxidar a sua cerveja.
Como escolher o tipo de carbonatação ideal para a cerveja?
O primeiro ponto que você deve considerar é o tempo de experiência que você tem produzindo cerveja. Já se acha experiente? Se a resposta for não, descarte a carbonatação forçada, pois como mencionamos não é indicada para cervejeiros inexperientes. Tirando esse aspecto, você precisa avaliar todo o processo, o trabalho que vai ter e o nível de CO2 que deseja ter em sua cerveja para escolher corretamente.
Caso opte por um ou por outro, em nosso site tem todos os recursos necessários para que você possa fazer qualquer tipo de carbonatação. Gostou desse conteúdo? Compartilhe com os seus amigos cervejeiros.